quarta-feira, 30 de junho de 2010

Tempo/ Espaço 2

TEMPO E ESPAÇO NO FUTSAL
Parte II

Factor espaço-tempo está dependente nas seguintes variáveis:
- A zona de lançamento de bola e a área onde quero transportar a bola
- As competências técnicas do jogador que controla a bola
- O tempo de desmarcação dos parceiros de equipa quando estes reclamam a posse de bola
- O comportamento do adversário que está a marcar o meu colega de equipa
- O comportamento de todos os adversários que estão mais próximos do possuidor da bola

Numa situação de defesa, o nosso primeiro objectivo é limitar o tempo e espaço de jogo, tanto para o adversário com posse de bola, como para a equipa rival inteira. Quase sempre, se conseguirmos condicionar o tempo e espaço de jogo do oponente com posse de bola, então, automaticamente alteramos o sentido de jogo e os fins deste.
Ao mencionar anteriormente este factor espacio-temporal, devemos considerar e não esquecer que o jogador é sempre o protagonista em todos os momentos e situações de jogo: É ele quem decide o que fazer, e como fazer, num determinado instante, em função de preceder e interpretar a situação em causa. Continuadamente, é ele quem adquire os comportamentos decisivos.
Se o jogador fosse um simples “executor” de ordens e de esquemas; se o jogador fosse um sujeito passivo nas tomadas de decisões, então, teríamos alguns problemas inesperados (programas imprevistos nos treinos propostos pela equipa técnica). Situações desconhecidas onde o atleta seria apanhado de surpresa durante a partida. Logo, dentro de campo, o jogador teria falhas nas suas tomadas de decisão e colocaria em dificuldade a compreensão dos seus comportamentos para os seus companheiros de equipa. Tudo isto causaria uma falha de coordenação com o restante grupo. Uma falta de comunicação pode colocar a equipa num desaire, principalmente, quando esta não tem a posse de bola a seu favor.
É essencial que o jogador enriqueça diariamente o seu nível cultural da modalidade (o futsal) e, ao mesmo tempo, o seu conhecimento técnico - táctico. Isto porque ajuda aperfeiçoar o seu ponto de vista crítico face a situações que possam surgir e, daí, reagir correctamente com a sua percepção espaço - temporal.
O desportista deve estar consciente do que está a acontecer durante o jogo e deve saber, racionalmente, como lidar com um passe/lançamento. Tudo isto leva a um acréscimo do seus conhecimentos do futsal. Qualquer movimento físico é sempre consequência de um pensamento prévio: uma ideia produz um acto.

Se não o treinador, quem seria responsável pela indução de conhecimentos de controlo, finalidades e objectivos para os atletas?
Quem deve interpretar estes aspectos com o intuito de aumentar a actividade motora?
Quem deve amontoar o feedback dos jogadores?
Obviamente, o treinador. Estes são, portanto, as suas tarefas primordiais.
BY: Pedro Costa

sábado, 26 de junho de 2010

Tempo e Espaço no Futsal I

TEMPO E ESPAÇO NO FUTSAL
Parte I
Na prática do Futsal, quer no individual quer no colectivo, tem sempre em conta dois factores importantes: tempo e espaço.
Todavia, os factores tempo e espaço não são apenas valores absolutos para um treinador, pois ambos têm de ser interpretados como valores relativos, ou seja, serem considerados como sentimentos espaço-tempo dos próprios jogadores durante um determinado momento ou situação de jogo.
Qual a percepção espaço - temporal que o atleta sente num determinado momento ou situação de jogo? Estes sentimentos estão dependentes de que? Quais as eventuais propostas para resolver estes sentimentos vindos de um indivíduo e de que forma são aplicados?
Como ajudar um jogador a integrar-se nos comportamentos dos colegas de equipa? E, ao mesmo tempo, como prever essa percepção espaço - temporal que o atleta possa obter num determinado momento ou situação de jogo?
Este sentimento espaço - temporal depende de duas percepções variáveis:

1 - Habilidades/Competências espaço-tempo
- Onde e como posiciono o meu corpo perante a bola e perante o desenrolar do jogo
- O movimento e posição do adversário
- A bola: Onde está? Está em posse de quem? Qual o seu trajecto?
- Os meus colegas de equipa: Quantos são? Onde estão? O que estão a fazer?

2 - Objectivos que coloco a mim mesmo no Futsal
- Qualidades técnicas
- Coordenação
- Competências físicas
- Conhecimentos tácticos

Qualquer sentimento, emoção, percepção e/ou oportunidade possuído pelo atleta, num determinado momento de jogo, não é planeado nem tão pouco previsto pelo treinador, mas são factores decisivos e básicos para uma performance do próprio jogador bem como da equipa durante o jogo. Daí que, o técnico deve ser sempre observador, analista, avaliador, e considerar aqui os factores espaço-tempo, em forma para esquematizar um método de trabalho (treino), para os jogadores individualmente e no seu colectivo como grupo de trabalho.
Embora seja resolvido esta questão, de seguida surge outro: Que tipos de trabalhos podemos aplicar aos jogadores? Como realizar esses trabalhos (treinos) e obter feedback por parte dos atletas? Qual a duração e momento certo para realizar os mesmos com a equipa no seu colectivo bem como em sessões individuais?

Numa situação de jogo, ambos os conceitos (tempo e espaço) são relativos e não, como referido anteriormente, concretos. Os atletas têm a presença de ambos num determinado momento ou situação de jogo. No entanto, durante esse mesmo momento ou situação de jogo, outro jogador (da mesma equipa) pode, por ventura, agir de maneira diferente. Qual o tempo de jogo? Qual o espaço útil à minha volta no campo? Quanto espaço utilizado referente aos meus movimentos?
Todavia, não podemos ter a total certeza que, numa situação de jogo idêntica à anterior, o mesmo jogador tenha a mesma percepção e comportamento prestado anteriormente.
O objectivo crucial do técnico é melhorar e transmitir totalmente a compreensão do factor espaço - temporal aos seus jogadores, quer no colectivo, quer individualmente. Em qualquer das circunstâncias, a equipa, no seu conjunto, ajuda o jogador a melhorar e tornar a sua tarefa mais simples no que diz respeito às suas atitudes e comportamentos em campo. Eis dois exemplos:
1) Relativamente com a posse de bola – quando em tempo bem aproveitado, eu consiga desmarcar-me do meu oponente e daí facilmente o meu colega (em especial com poucas capacidades técnicas), com a posse de bola possa executar a tarefa. Senão, a minha equipa sentirá dificuldades no controlo da posse de bola num determinado momento de jogo;
2) Sem a posse de bola – se eu providenciar uma jogada defensiva com o meu companheiro, quando este está precisamente perante uma situação de “dribbling” do adversário. De certo, irei condicionar o espaço do adversário e, ao mesmo tempo, o meu colega de equipa posicionar-se-á no meu espaço na altura do passe. Ou seja, poder-se-á marcar corporalmente o oponente em todos os seus movimentos, dentro das quatro linhas.

Em síntese: Sempre que haja discussões em relação a sistemas de jogo, factores tácticos ou em situações específicas de jogo, é necessário a concentração somente no tempo e no espaço onde, por vezes, é possibilitado no comportamento dos adversários.

Saber quem acertou ou quem errou não é relevante, pois apenas numa situação de passe ao longo de uma jogada é possível feedback. Independentemente da situação em causa, o jogador pode “roubar” o tempo e espaço do jogo ao seu adversário e dominar a posse de bola, ou não, deste.
Se, porventura, eu predominar tal posição, posso superar uma próxima situação de jogo, isto porque o tempo e espaço de jogo pode alterar-se.
by: Pedro Costa

terça-feira, 22 de junho de 2010

Táctica

Táctica

Necessidade de um novo modelo.

Com a realização deste artigo pretende-se esclarecer algumas questões relativas à “Periodização Táctica”, bem como descrever as premissas que a distinguem das três tendências anteriormente referidas. Assim, visa-se, fundamentalmente, a sistematização de um conjunto de conhecimentos acerca do planeamento e periodização do processo de treino em Futsal.

Como resultado de uma pesquisa conclui-se que as premissas da “Periodização Convencional” diferem das da “Periodização Táctica”. Assim, enquanto que na primeira é a competição que “cria” o treino e este adquire contornos algo “abstractos”, devido à não definição de um modelo de jogo e respectivos princípios, na segunda verifica-se exactamente o contrário. Do mesmo modo, na primeira é dado especial realce à maximização das capacidades condicionais (ênfase na dimensão física), enquanto que na segunda é enfatizado o “jogar bem Futsal”, dando-se realce ao desenvolvimento dos princípios do modelo de jogo (ênfase na dimensão táctica). Na primeira, é dada grande importância ao atleta individual, sendo a época dividida em períodos (nos quais é considerada a preparação geral e especial e uma estreita relação entre volumes e intensidade das cargas) com o intuito de adquirir a forma durante as competições mais importantes. Na “Periodização Táctica” a equipa (colectivo) é o mais importante, sendo preconizado um microciclo padrão para toda a época, no qual a especificidade e as intensidades máximas contribuem para a criação de regularidades ao nível da forma de jogar pretendida. Por fim, verificamos que a terceira tendência (oriunda dos país latino-americanos) é a que mais se aproxima das premissas da “Periodização Táctica” e que esta última é passível de ser aplicada em todos os desportos colectivos e individuais, bem como nos escalões de formação de Futsal.

Para se poder programar e periodizar é necessário a construção de um Modelo de Jogo que terá uma relação de interdependência com os seguintes factores:

Modelo de jogo do treinador, capacidades e características dos jogadores, princípios de jogo (ataque; defesa e transições), organizações estruturais (sistema táctico e estratégia), organização funcional (como se articulam os princípios)

Para se falar de Periodização Táctica implica:

1- Que a dimensão táctica seja entendida como uma cultura de jogo

2- A definição do Modelo de Jogo do treinador. Um projecto consciente da sua concepção de jogo

3- Que o Modelo de Jogo adoptado oriente todo o processo de periodização e planificação do treino

4- Que as restantes funções (técnica, física, cognitiva e psicológica) surjam em função das exigências do Modelo de Jogo

5- A exponenciação do PRÍNCIPIO DA ESPECIFICIDADE. Uma Especificidade/Modelo de Jogo e não uma Especificidade/Modalidade


Os meios de operacionalizar o Modelo de Jogo são os exercícios Específicos. Exercícios desenvolvidos com intensidade de concentração, de acordo com o modelo de jogo adoptado. Estes, serão o meio mais eficaz para adquirir uma forte relação entre a mente e o hábito. Os exercícios específicos é que nos vão levar a jogar segundo os princípios preconizados no modelo de jogo articulando-os e direccionando-os.


A operacionalização do treino reclama a utilização de exercícios específicos desde o 1º dia de trabalho (Carvalhal, 2003).


Só existe Especificidade quando:

existir uma constante relação entre as componentes Táctico-Técnicas individuais e colectivas, psicocognitivas, físicas e coordenativas em correlação permanente com o MODELO de JOGO adoptado pelo treinador e respectivos princípios que lhe dão corpo (Oliveira, 1991).

A operacionalidade da Especificidade deve assumir várias dimensões:

٭ Dimensão Colectiva ( relação 4 jogadores + GR)

٭ Dimensão Grupal ( relação 2 ou 3 jogadores)

٭ Dimensão Individual (1 jogador)

O Cumprimento do Princípio da Especificidade só é atingido na sua magnitude quando durante o treino:

* os atletas entenderem os objectivos e as finalidades

٭ os atletas mantiverem um elevado nível de concentração durante toda a situação

٭ o treinador intervier adequada e atempadamente perante a situação

Planificação “Táctica “ Semanal

Preocupações:
1. Tendo como fundamental na Planificação “Táctica” Semanal, o modelo de jogo, o sub-modelo táctico-estratégico, etc., é importante atender à dinâmica das cargas / esforço e recuperação ( 1 ou 2 jogos semanais). A lógica da carga fisiológica / biológica, se possível deve ser mantida sem grandes oscilações;

2. Lógica evolutiva do Modelo de Jogo Adoptado;

3. Periodização previamente realizada;

4. Jogo realizado: aspectos positivos e aspectos negativos;

5. Jogo a realizar:

- aspectos positivos e negativos da equipa adversária;

- características individuais dos adversários;
- estratégias a adoptar.

Planificação “Táctica “ Diária
Preocupações:

1. Ter sempre em atenção a periodização e a planificação semanal (aos níveis táctico, técnico, físico, cognitivo e psicológico) sendo importante gerir a dimensão física no processo;

2. Definir objectivos concretos e direccionados;

3. Escolher criteriosamente os conteúdos;

4. Promover a interacção da intensidade, dos respectivos volumes, e da recuperação, relacionando-os com a capacidade de concentração necessária;

5. Seleccionar e direccionar as estratégias de acção para a rentabilidade e eficácia do treino;

6. Ser suficientemente aberto para alterar o que for necessário

Como conclusão, o principio da Especificidade é o fundamento teórico da Periodização Táctica, e a principal preocupação é a constante evolução do Modelo de Jogo Adoptado em consequências de melhorar a capacidade de jogar Futsal.

domingo, 20 de junho de 2010

A Estrutura da Sessão de Treino

A Estrutura da Sessão de Treino

Os objectivos previamente definidos pelo treinador só poderão vir a ser alcançados através da vivência prática de um conjunto de exercícios correctamente inter-relacionados e organizados em diferentes sessões de treino, os quais se distribuem racionalmente ao longo de cada semana e de toda a época desportiva.

A Estrutura da Sessão de Treino
A sessão de treino tem uma duração muito variável e deve conter três partes distintas:
Parte preparatória ou aquecimento;
Parte principal ou fundamental;
Parte final ou de retorno à calma.



Parte preparatória ou aquecimento

É a parte inicial e indispensável de todas as sessões de treino e de todas as competições em que o atleta vai intervir. É constituído por um conjunto de exercícios que têm por objectivo preparar o atleta para os esforços maiores que a seguir irão realizar-se e evitar o risco de lesões.

Recomendações Práticas:O aquecimento deve ser progressivo : deve iniciar-se com uma intensidade fraca que aumentará gradualmente à medida que as diferentes estruturas do organismo se adaptem ao esforço. Evita-se, assim, o perigo de uma lesão ou de uma grande fadiga inicial.

O aquecimento deve ser prolongado: nunca deverá ser inferior a 15/20 minutos, pelas razões supra indicadas;

O aquecimento deve conter duas partes distintas mas complementares: o aquecimento geral e aquecimento específico:
Aquecimento geral: é a fase inicial e pode conter, por exemplo, uma parte de exercícios de pequena amplitude e de intensidade moderada, para a activação orgânica e alguns exercícios de alongamentos estáticos para prevenir o aparecimento de lesões;
Aquecimento específico: segue-se ao aquecimento geral e visa preparar o atleta para as situações concretas que vai encontrar a seguir.
Exemplo: se vai treinar velocidade deve fazer várias acelerações com intensidade crescentes; se vai treinar força, deve mobilizar os músculos que a seguir irá solicitar mais intensamente.



Aquecimento para o jogo
Deve obedecer a todos os princípios metodológicos indicados anteriormente, o que significa que, de início, deverá correr e realizar exercícios de alongamentos, após o que deverá exercitar as diferentes situações que o jogo contém.

Recomendações Práticas:•Deve iniciar-se cerca de 40 minutos antes do início da competição;
•Deverá estar terminado 10 minutos antes do início desta;
•Nesta fase, o praticante deverá concentrar-se e procurar manter o seu aquecimento, realizando alguns alongamentos;
•Nunca deverá ser demasiado intenso, o que poderia retirar a capacidade de resposta, sobretudo no início do jogo. Este princípio é tanto mais válido quanto maior for a preparação física dos atletas;
•Quando estes, após uma longa viagem, se sentem muito fatigados e não têm grande vontade de correr, necessitam de fazer um aquecimento mais forte que o habitual. Devem vencer essa inércia no aquecimento e nunca transportá-las para o jogo.
«Um bom aquecimento é uma condição indispensável para que os atletas possam começar bem a competição e um mau começo pode comprometer irremediavelmente o seu desempenho.»



Parte principal ou fundamental



Tem esta designação por ser nesta parte que se concretizam os objectivos previstos para a sessão de treino. Estes devem ser correctamente escolhidos e colocados adequadamente na estrutura organizativa da parte fundamental da sessão de treino. As outras duas partes (aquecimento e retorno à calma) são condicionadas e determinadas pelo conteúdo desta.



Recomendações práticas:



- O aperfeiçoamento da técnica, da velocidade de deslocamento ou da velocidade de reacção deverão ser trabalhadas logo a seguir ao aquecimento, isto é, sem fadiga;
- O treino da força pode ser realizado logo a seguir;
- O treino da resistência, ao contrário da prática tradicional, deverá ser preferencialmente realizado no fim da sessão;
- As anteriores indicações metodológicas pressupõem uma visão sectorial de cada capacidade motora, contudo, no jogo, todas estão integradas, pelo que a sua rentabilização exige que por vezes as técnicas e a velocidade sejam também solicitadas em situações de fadiga, tal como sucede na competição;
- Se pretendermos melhorar as resistências específicas, a duração desta fase deverá ser superior à do jogo ou, caso seja menor, deverá ter uma intensidade superior e um menor número de pausas;
- Se pretendermos melhorar a velocidade, a duração desta fase poderá ser inferior à da competição, mas com uma intensidade superior e um aumento de duração das pausas.



Parte Final ou de Retorno à Calma



Durante um jogo ou uma sessão de treino há uma grande activação de diferentes funções orgânicas e, por vezes, surge um estado de fadiga mais ou menos acentuado. Uma passagem súbita para uma situação de repouso não é conveniente e poderá comprometer o processo de recuperação. Se o aquecimento prepara gradual e progressivamente os atletas para o esforço que a seguir vão desenvolver, esta fase procura que o organismo transite gradualmente para a situação de repouso.
Todos os que já praticaram qualquer actividade física já viveram, certamente, a situação em que a seguir a um esforço e depois de tomar banho, continuam a transpirar, o que significa que o organismo ainda não retornou à calma.



Recomendações práticas:



Se existir uma grande situação de fadiga, deverá começar por umas corridas lentas e terminar com a realização de exercícios de alongamentos estáticos para os grupos musculares mais solicitados, que, no caso dos futebolistas, são os membros inferiores. Estes exercícios só deverão terminar quando os atletas de sentirem recuperados;

•Se existir uma fadiga localizada, devida, por exemplo, à realização de exercícios de musculação, há que descontrair essa zona, realizando alongamentos.
•O tempo de recuperação depende de uma adequada ingestão de líquidos durante e após o esforço, assim como da posterior alimentação.
•Devem ser realizados exercícios de fraca e regressiva intensidade.
As características desta parte da sessão de treino são determinadas pela especificidade do trabalho realizado na parte fundamental

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Atitudes ofensivas/ defensivas face a situações de superioridade/inferioridade

Atitudes ofensivas / defensivas face a situações de superioridade /inferioridade

1 X 0

Ofensivamente
Defensivamente

O jogador ataca imediatamente o guarda-redes e simula sempre antes de rematar;

Se for possível espera por apoio de colegas para finalização.


O guarda-redes tentar adivinhar intenções.

2 X 0

Ofensivamente
Defensivamente

O jogador portador da bola ataca o g.r., e passa ao jogador livre;

O jogador livre deverá estar sempre atrás da linha da bola.


O g.r. deverá colocar-se perto da linha da baliza para interceptar o passe ou defender o remate ao 2º poste.

2 X 1

Ofensivamente
Defensivamente

O jogador portador da bola ataca o defensor e passa ao jogador livre;

Jogador que executou o passe deverá dar solução ao colega (desloca-se para o 2ºposte ou fica a dar apoio).


O g. r. ataca imediatamente o jogador livre assim que este recebe a bola;

O defensor fica a marcar o jogador sem bola cortando a linha de passe para o jogador com bola, ou recupera para a baliza dando protecção.

3 X 1

Ofensivamente
Defensivamente

O jogador com bola sempre no corredor central;

Após passar a bola fica a dar apoio;

Se a bola foi para a ala esquerda o jogador da ala oposta ocupa o 2º poste;

Jogador com bola terá duas soluções: jogar para trás no apoio ou passe para o 2º poste.


O defensor deverá temporizar o máximo de tempo possível para dar tempo à rápida recuperação dos restantes colegas de equipa.


3 X 2

Ofensivamente
Defensivamente

O jogador com bola sempre no corredor central;

Após passar a bola a um dos colegas fica a dar apoio;

Se a bola foi para a ala esquerda o jogador da ala oposta ocupa o 2º poste;

Jogador com bola terá duas soluções: jogar para trás no apoio ou passe para o 2º poste.


Os dois defensores deverão defender à zona e o g.r. tenta proteger o 2º poste;

sábado, 12 de junho de 2010

Atitudes tácticas elementares para atacar e defender em futsal

Atitudes táticas elementares para atacar e defender em futsal (futsal treino)


artigo do professor Wilton Carlos de Santana



Duas questões básicas me interessam no início deste texto, ambas relacionadas à dimensão tático-estratégica do jogo de futsal:

1ª) Qual é o objectivo de uma equipe quando de posse da bola?

2ª) Qual é o objectivo de uma equipe quando está sem a posse da bola?

Penso, sinceramente, que você não terá dificuldade para respondê-las. No primeiro caso, caberiam respostas como, por exemplo, "atacar", "fazer o gol", "procurar o gol", "envolver o adversário"; no segundo caso, "defender", "evitar o gol", "recuperar a bola", "criar obstáculos para o adversário". E se eu acrescentasse a questão "O que a equipe deverá fazer para alcançar isso?", o que você responderia?

Antes de você, um professor francês, Claude Bayer (1992), num livro clássico, chamado "O ensino dos jogos desportivos colectivos", estabeleceu alguns princípios que servem como ponto de partida para que as equipes ataquem e defendam. Conheça-os:



Esses princípios, segundo Bayer, são comuns aos esportes colectivos em geral (basquetebol, futebol, handebol etc.). Representam um "guia" para as equipes quando de suas pretensões tácticas.

A esta altura do texto você já deve ter se apropriado, minimamente, de dois conhecimentos: o que queremos (objectivos) e o que precisamos respeitar (princípios) quando atacamos e defendemos. Daqui para frente interessam duas novas perguntas:

1ª) O que se deve fazer em futsal para sustentar os princípios de ataque sugeridos por Bayer, isto é, conservar a bola, avançar (jogadores e bola) no espaço de jogo e finalizar contra a meta adversária?

2ª) O que se deve fazer em futsal para sustentar os princípios de defesa sugeridos, isto é, recuperar a bola, impedir o avanço dos jogadores e da bola e proteger a meta?

No que pese a complexidade das questões levantadas (que implicaria em respostas complexas!), sugerirei, a seguir, apenas quatro atitudes (acções) para atacar e outras quatro para defender. Chamá-las-ei de atitudes tácticas elementares (essenciais).



Atitudes para atacar

Fugir do campo visual do adversário: significa desmarcar-se para receber a bola [1] . Isso exigirá do atacante a atitude de passar da linha de marcação do defensor, de modo a deixá-lo em dúvida ("O que mantenho no meu campo visual: a bola ou o atacante?"); a induzi-lo para algum lugar "falso" (enganá-lo [2] ). Lembre-se: em futsal, por conta do espaço reduzido, ninguém pode jogar parado! É preciso criar as chamadas linhas de passe.

Acelerar o passe: significa imprimir velocidade à bola. Lembre-se: a velocidade do passe, associada à atitude de fugir do campo visual do marcador, tendem a desequilibrar a defesa adversária! Evidentemente que o passe deve ser, além de veloz, preciso.

Passar a bola para o espaço: significa passar a bola à frente do companheiro (no espaço vazio) para que este a encontre. Mas atenção: isso exigirá de quem recebe a atitude de se projectar no espaço! Lembre-se: lançar a bola para o vazio (nas costas do marcador) faz com que se ganhe uma vantagem territorial importante para se progredir no espaço e para se finalizar contra a meta adversária.

Investir no jogo directo: significa procurar um jogo de finalização, de chutes contra a meta adversária, vertical. As acções anteriores tendem a facilitar o jogo directo (pois facilitarão a posse da bola e a progressão na quadra!) e evitar o chamado jogo indirecto, burocrático. Porém atenção: o jogo directo exclui a ideia de se buscar o gol de "qualquer jeito", apressadamente e de forma desorganizada.





Atitudes para defender

Marcar, sempre que possível, atrás da linha da bola: significa que se deve respeitar a linha da bola. Esta é uma linha imaginária que passa sobre a bola em sentido perpendicular à quadra (de uma lateral à outra). Lembre-se: quem está atrás da linha da bola ocupa espaços preciosos, que seriam ocupados pelo adversário!

Manter o adversário no campo visual: para tanto quem marca deverá optar em acompanhar o adversário e não em manter o olhar na bola. Evidentemente que se for possível manter ambos (bola e adversário) no campo visual, melhor! Mas isso nem sempre acontecerá. Lembre-se: quem faz o gol é o jogador adversário! Logo, ele é quem deve ser marcado [3] .

Retorno defensivo: significa que os jogadores devem voltar para defender, ocupando a meia-quadra de defesa antes do adversário. Lembre-se: o retorno defensivo agrupa os jogadores e estes podem proteger a meta!

Realizar coberturas: significa que se deve prestar atenção a quem se marca, mas também nos outros jogadores adversários; quem marca deve estar disponível para abandonar o seu marcador quando necessário. Lembre-se: os jogadores, quando defendem, devem ajudar uns aos outros!

Feitas essas considerações, diria que as atitudes descritas neste texto facilitarão à equipe sustentar os princípios de ataque e de defesa de Bayer; elas servem de apoio para que os jogadores de uma mesma equipe interajam para atacar (comunicação) e para defender (contra comunicação [4] ). Certamente, há outras tantas acções [5] que os jogadores e a equipe devem adoptar para atingir esses propósitos, como por exemplo, a escolha do posicionamento (sistema) mais adequado para atacar (3.1, 4.0 etc.) e para defender (zona, individual; a partir de que local da quadra). Entretanto, apostaria que sem considerar as atitudes anteriores o jogo ofensivo e defensivo de uma equipe de iniciados [6] seria um desastre. Portanto, cabe aos professores de futsal compreendê-las e ensiná-las.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Planear o Treino

Planear o treino

A importância do planeamento no treinamento de Futsal

Nos dias de hoje, com a evolução da tecnologia e da ciência do treinamento desportivo fica difícil pensar em treinamento de alto rendimento sem o devido planeamento.

Com a modernização do futsal não se consegue mais obter resultados em competições de ‘‘alto nível’’ com treinamentos a esmo sem a devida preparação técnica, tática, física e psicológica.

É fundamental na composição de um treinamento de padrões elevados, estabelecer objetivos a longo e médio prazos que só serão alcançados com o devido controle dado pelo treinamento planificado e periodizado.

A periodização do treinamento, sempre apoiada nos principios do treinamento desportivo nos permitirá ter o controle de toda a composição do treinamento de alto rendimento, isto é, dará a noção ideal de toda a preparação técnica, tática, física e psicológica.

A periodização mais usada para o treinamento de futsal é de um ano.
Este período de treinamento chamado de macrociclo pode ser subdividido dependendo das qualidades físicas dominantes do desporto em macrociclos anuais, semestrais ou quadrimestrais.
No futsal há uma preponderância dos macrociclos semestrais promovendo dois picos de rendimento por ano.

Macrociclo é o maior período de treinamento que como vimos pode durar um ano.
Temos ainda o mesociclo que são períodos que duram de um a dois meses, microciclos, período de uma semana, e por fim a unidade de treinamento.

Todos estes períodos de treinamento devem ser planificados e orientados sempre pelos princípios do treinamento desportivo que permitirão ao técnico e preparador físico da equipe o controle de todas as variantes do treinamento.

Podemos ainda dividir o macrociclo em períodos:
Pré - preparação — período de levantamentos dos fatores influenciadores:

Recursos disponíveis,
Objetivos da equipe e dos patrocinadores,
Disponibilidade de espaços para treinamento, etc...

Preparação — pode ainda ser dividido em fase básica e específica. Na fase básica há um predomínio da preparação física e técnica com intuito de criar uma base de treinamento indispensável para a fase específica onde há o início da preparação tática, psicológica e o treinamento das valências específicas do futsal.

Competição — onde a competição passa a ser o maior objetivo havendo uma redução da carga de treinamento e a manutenção dos níveis de condição competitiva obtidos anteriormente.

Transição — neste período o objetivo é proporcionar ao atleta a recuperação física e mental mantendo também um nível de preparação adequado para o início de um novo macrociclo.

Toda esta periodização nos orientará na composição e aplicação das cargas de treinamento devendo sempre ter um caráter oscilatório para promovermos o supercompensação e resguardarmos o atleta do sobretreino ou ‘‘overtraining’’.

Para proporcionarmos em nossos atletas o alcance de performances máximas ou perto da máxima é necessário termos o controle de toda a composição do treinamento de alto rendimento dando assim a devida importância a preparação técnica, tática, física e psicológica.

Só com o planeamento e periodização do treinamento que poderemos controlar todas variantes do treino e corrigi-los quando necessário.

By: Pedro Costa

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Mandamentos do Futsal

Os mandamentos do Futsal

1. Sê respeitoso
* Significa que todo o grupo, incluindo jogadores, deverá ser simpático e prestável para o público, para o "chauffeur", jornalistas, etc. É especialmente importante que eles, jogadores, não ataquem verbalmente os colegas, não provocando assim, danos na harmonia colectiva.

2. Crê nos teus jogadores e nos teus sentimentos
* Não critiques os teus jogadores excessivamente, acredita neles.
Da mesma forma, deverás crer na tua intuição e ignorar o público e a imprensa, na hora de tomar decisões.
Prepara tudo isto cerebralmente e junta-lhe aquilo que sentes quando começar a acção. Terás o cozinhado ideal.

3. Mantém a tua distância
* É necessário para o técnico manter certa distância para os jogadores.
Eles nunca poderão ser, pelo menos dentro do clube, seus amigos íntimos.

4. Aprecia as características particulares
* Certos atletas têm uma grande ânsia de vencer, por vezes exagerada.
Temos que reconhecê-los e aceitá-los, dando-lhes uma preparação adequada. Sempre, é claro, dentro de normas e ideais do colectivo, previamente definidos.

5. Aprende com os erros próprios
* É importante que o treinador encontre algo positivo, até nos fracassos.

6. Protege as tuas estrelas
* Estrelas débeis tornam o grupo débil.
Assim, e porque as estrelas estão sempre sob grande pressão, é-lhes muito importante manter esse seu status, devendo o treinador ajudá-lo.

7. Nunca mintas
* Quando prometeres algo, cumpre.
Doutra forma perderás a credibilidade e......acabou!

8. Evita ciúmes e invejas
* É vital que todos conheçam os papéis de todos, dentro da estrutura.
A inveja e o ciúme provocará mais tarde ou mais cedo danos no grupo.

9. Mostra firmeza
* É importante que o treinador nunca mostre debilidade.
A sua expressão facial deverá ser de dar segurança aos seus atletas.

10. Controla o stress
* Tenta ignorar as expectativas alheias, fazer muitos meetings ou encontros, e nunca leves o futebol para casa, nem para os amigos.

11. Escolhe um bom staff
* Como treinador principal precisas de boas pessoas à tua volta.
Pessoas que possam oferecer uma grande variedade de experiências e muito equilíbrio.
Pessoas sérias e credíveis. Um "yes-man" não te é aconselhável.

By Pedro Costa

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Voltamos a fazer História

Caro Sócio, simpatizante, adepto da ACDL, hoje dirijo-me a todos vós com o intuito de agradecer o carinho que demonstraram ter pelas nossas equipas, tanto pela de juniores como pela de seniores. Num ano em que se voltou a fazer história na freguesia do Ladoeiro, pois esta Colectividade teima em vencer títulos ano após ano, transportando desta forma o bom nome desta aldeia, assim como, o do concelho de Idanha-a-Nova por todo o nosso Portugal, através de uma causa tão nobre como é a prática de desporto. Num concelho extremamente envelhecido onde a prática de desporto nem sempre é encarada com a importância que esta merece, a ACDL tem pautado por fomentá-la como uma forma correta e salutar de estar na vida, procurando desta forma contribuir para o desenvolvimento integral dos jovens. Neste contexto temos dado prioridade aos jovens do concelho de Idanha-a-Nova o que faz com que os planteis das nossas equipas sejam compostos em cerca de 80% por jovens do concelho, facto que fomenta a adesão de molduras humanas muito interessantes nos jogos da ACDL em casa, ou seja, existe uma sintonia entre a população do concelho e o projecto desta Colectividade. Desta simbiose entre público e ACDL surge uma dinâmica e uma força impressionante que nos coloca na linha da frente no futsal do Distrito de Castelo Branco e por várias vezes a nível Nacional. Mas para que este projecto continue com a força que tem tido até hoje, é preciso mais que nunca existir coesão entre todos os agentes que podem influir no contexto desportivo, desde o social, económico e desportivo, pois vivemos tempos difíceis onde o rigor na gestão de todos os recursos é fundamental, para que este projecto não perca força e vivacidade, e possa continuar na senda das vitórias que tantas alegrias trazem ao concelho de Idanha-a-Nova. Assim sendo, quero dar os parabéns aos atletas de ambas as equipas pelos feitos conseguidos, aos treinadores e fisioterapeuta pelo trabalho realizado, e aos dirigentes que tanto têm lutado para que este projecto tenha o sucesso que têm vindo a revelar. Uma palavra de apreço aos nossos principais patrocinadores, Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e Junta de Freguesia do Ladoeiro pela forma empenhado como nos tem apoiado e de quem esperamos sempre mais, pois nós também fazemos o melhor por estes através da nossa causa, ou seja promover a prática de desporto e conseguir resultados que podem deixar orgulhosos todos aqueles que acreditam na ACDL. Contamos com o vosso apoio para os desafios vindouros, pois temos a noção da importância deste, para o bom funcionamento desta colectividade, assim como dos nossos sócios, simpatizantes e adeptos, pois vocês são o jogador número 6 da ACDL, e a todos vos prometemos, seriedade, empenho, respeito e dignidade, sempre que vestirmos a camisola desta colectividade, pois o futsal não é só aquilo que gostamos de fazer, representa também aquilo que nos somos. Desta forma voltamos a fazer história.! Pela ACDL... lutar lutar lutar.

domingo, 6 de junho de 2010

CONVIVIO DE FINAL DE ÉPOCA

Com a época desportiva terminada, a ACDL vai levar a efeito no próximo sábado, dia 12, o tradicional lanche/jantar convívio, com atletas e colaboradores. Sendo também objetivo da tertúlia, cimentar a amizade e a sã convivência entre todos, dando assim maior coesão ao grupo de trabalho. O repasto será um bom tónico para retemperar forças e carregar baterias para outras lutas que se avizinham.
O convívio é no Centro Cultural do Ladoeiro a partir da 18 horas.
Viva a ACDL...